As entrevistas de emprego tradicionais são momentos de tensão para qualquer profissional. Pior, não funcionam. Esta é a única pergunta que realmente importa.
Thomas Edison foi um dos maiores inventores de todos os tempos, responsável por criações como a lâmpada incandescente ou a câmara de cinema. O que muita gente não imagina é que uma das suas invenções continua bem presente no mundo de trabalho – nada menos do que a entrevista de emprego, tal como a conhecemos.
Há mais de 100 anos, Edison estreava um teste para todos os candidatos. Algumas questões estavam diretamente relacionadas com o cargo, enquanto outras eram mais gerais, sobre tópicos como geografia ou literatura. Todo o processo foi desenhado para selecionar apenas 7% dos candidatos.
É com base nesta lógica que muitas empresas ainda abordam as entrevistas de emprego. Em breves momentos, espera-se que dois perfeitos desconhecidos se conheçam e tomem uma decisão de enormes consequências profissionais. Tudo isto à volta de questões constrangedoras, como “Quais são as tuas maiores fraquezas?” ou “Porque devíamos contratar a ti?”.
Interagir com estranhos numa posição de autoridade, falar sobre si mesmo, ser avaliado e julgado. Estes são sempre momentos de tensão, mesmo para os profissionais mais qualificados. Não admira que quase 92% dos candidatos sofra de ansiedade durante a entrevista.
O problema das entrevistas, para além do desconforto, é que não funcionam. Dificilmente avaliam o potencial da pessoa e as informações recolhidas pelo recrutador podem ser facilmente mal interpretadas, mesmo que ninguém se aperceba. Tudo por causa da forma como a mente humana opera.
As pessoas de boa aparência são vistas como mais competentes. Os candidatos altos como tendo maior potencial de liderança. Quem tem voz grave parece mais confiável. Mesmo que estas perceções não sejam suficientes para determinar a escolha do candidato, afetam o momento da entrevista. E a forma como uma pergunta é formulada pode fazer toda a diferença.
A solução? Assumir que as entrevistas de emprego tradicionais são pouco eficazes e evoluir para uma conversa franca com os candidatos. Foi o que aconteceu numa das primeiras entrevistas realizadas pela Catarina, recrutadora na Axians. A pessoa que entrevistou procurava uma nova oportunidade em tecnologia há mais de um ano e estava uma pilha de nervos. As respostas que recebia, quando recebia, não mudavam muito: “não tens experiência”, “não é o momento”. A situação tinha chegado ao ponto em que perdera a confiança e começou a entrevista derrotada, à espera do mesmo desfecho. E, de facto, poucos segundos depois de começar, a Catarina decidiu mesmo parar– mas não pelo motivo que a candidata esperava.
Perguntou-lhe o motivo de tanto nervosismo. Ouviu a história das suas tentativas anteriores e da sua falta de confiança e de experiência na área. Depois, inverteu os papéis e contou-lhe a sua própria história de procura de emprego, e dos obstáculos que tinha ultrapassado.
Após o constrangimento inicial, toda a atmosfera mudou. Houve tempo para se conhecerem, para trocarem piadas, para falarem sem medos do trabalho. E, no final, para uma promessa: “Não vou desistir até encontrar uma oportunidade para ti”. A candidata não ficou com a vaga – ficou com outra que até se adequava melhor ao seu perfil, e que encontrou graças ao esforço da Catarina em conjunto com os managers da Axians. Agora, quando se encontram na empresa, ainda se recordam dessa primeira conversa.
Foi uma entrevista que começou mal mas teve um final feliz. O segredo? Segundo a Catarina, foi colocar-se ao mesmo nível do candidato. É fácil pensar que, se a entrevista não corre bem, a “culpa” é do candidato que não sabe lidar com o stress ou não tem as qualificações certas. E assim se perdem pessoas com excelente potencial – a menos que, com empatia e sem barreiras, o recrutador assuma a responsabilidade de dar outro rumo à conversa.
Claro que é importante fazer perguntas difíceis e tentar perceber como a pessoa se comporta “debaixo de fogo”. Mas também é importante fazer perguntas melhores.
O James, também da área de Tech Talent da Axians, teve essa experiência quando teve à frente uma candidata altamente qualificada mas que não fazia uma entrevista de emprego havia vários anos. Simplesmente não estava preparada para voltar a ser avaliada após uma longa carreira na área. Apesar de ter evidentes competências técnicas, a falta de prática impedia-a de comunicar a sua verdadeira forma de ser. Insistir nas perguntas “standard” não iria adiantar. Percebendo o momento que a pessoa vivia, o James conseguiu transformar a entrevista numa conversa informal. Mais à vontade, a candidata pôde mostrar o seu real valor.
Meses depois, já bem integrada na Axians, essa profissional guarda um sentimento pouco comum em relação ao seu recrutador: gratidão. Uma opinião que partilha sempre que pode com colegas e amigos, quando a conversa é sobre alguém à procura de emprego.
Na Axians, as entrevistas não seguem um guião pré-definido, nem se procuram respostas padronizadas – valoriza-se a individualidade e os pontos únicos que isso traz à empresa. Isto implica, às vezes, falar sobre coisas que nada têm a ver com trabalho.
Sim, é importante perceber as competências técnicas do candidato – mas também quem é como pessoa, quais os seus valores e se este é de facto o passo certo na sua carreira.
Para o James e a Catarina, algumas perguntas que são quase cliché nas entrevistas de emprego são pura perda de tempo. “Quais são suas fraquezas?” é uma delas: é como pedir para ouvir uma mentira ou um lugar-comum. Em vez disso, procuram-se sinais de curiosidade, perceção, foco e determinação. Para eles, a única pergunta que importa numa entrevista de emprego não é tanto se a pessoa pode fazer o trabalho (essa parte é analisada muito antes), mas se tem a capacidade para aprender e se adaptar.
Mais do que uma bateria de perguntas, cada entrevista é um momento para conhecer quem está do outro lado, as suas motivações e de que forma pode explorar ao máximo as suas capacidades e projetos. Não se trata de encaixar uma pessoa numa vaga, mas de encontrar a melhor oportunidade para cada um.
Por falar em oportunidades, na Axians há sempre lugar para pessoas talentosas, motivadas e determinadas. Se estás à procura de um novo passo na carreira, mas o longo e constrangedor processo tradicional de recrutamento é um obstáculo, devias ver como é feito na Axians. Marca uma conversa descontraída e quem sabe se não encontras o passo na carreira de que estavas à espera – ou que nem imaginavas que existia. Candidata-te!
Sobre a Axians
A Axians é a marca do grupo VINCI Energies dedicada à Transformação Digital das empresas portuguesas. Cultivamos uma relação de proximidade, e acreditamos que a tecnologia só faz sentido com um toque humano. Trabalhamos com algumas das maiores empresas nacionais em projetos de cibersegurança, redes empresariais, infraestrutura digital e novas soluções inteligentes.
Estamos constantemente à procura das melhores pessoas para integrar à nossa equipa. Mas sabemos que, para isso, é preciso derrubar barreiras – entre o candidato e o recrutador, entre o conhecido e o desconhecido, entre o hoje e o que poderia ser amanhã. Para isso, apostamos num processo de recrutamento focado nas pessoas, e em encontrar as melhores oportunidades para o perfil de cada candidato. Deixamos para trás as velhas técnicas de seleção, com base em “canudos” e em checklists, para nos concentrarmos nos valores, no potencial, no ser humano.
Sobre a Catarina e o James
A Catarina e o James são recrutadores na área de Tech Talent da Axians. Esta é a “designação” oficial, mas a forma como definem o seu papel é muito mais abrangente: ajudam candidatos a tomar importantes decisões de carreira. Para isso, não têm qualquer problema em pôr de lado a abordagem convencional às entrevistas de emprego para procurar o lado humano.
É assim que se sentem bem a fazer o seu trabalho, e é assim que, na Axians, acreditamos que devem ser conduzidos estes processos. Pessoas primeiro, checklists, formulários e guiões muito depois. As suas histórias são reais e só o seu apelido foi ocultado por uma questão de privacidade.
Como te podes candidatar
Na Axians, estamos sempre à procura de pessoas com talento e motivação. Se achas que tens o que é preciso, estas são vagas que te podem interessar:
- Especialista de segurança de informação: gostas de trabalhar na área de segurança de informação e procuras um novo desafio? Então esta oportunidade está à tua espera!
- DevOps (E): gostas da área de desenvolvimento tanto como gostas de operações? Então, o mundo DevOps é para ti!