Public Cloud Computing é um dos termos mais comentados dentro das organizações, porém poucas conseguem perceber o seu potencial e menos ainda são as empresas que obtêm sucesso na sua adoção.
Algumas empresas pensam que Public Cloud é uma moda que vai passar, enquanto outras estão a avaliar como podem obter vantagens na sua adoção. Porém, por não entenderem como podem (ou devem) explorá-la, acabam por não obter o resultado desejado.
Neste artigo falaremos sobre alguns cuidados que as empresas precisam de ter ao adotar e gerir Public Cloud de forma a reduzir custos, automatizar processos ou acelerar a implementação de novas soluções.
O que é e quais as vantagens da Cloud Pública?
Cloud Pública ou Public Cloud é um modelo de negócio onde o fornecedor disponibiliza infraestrutura, plataformas ou software num modelo de serviço (IaaS, PaaS ou SaaS) e o cliente paga mediante a sua utilização, o famoso Pay-as-you-Go. Algumas vantagens na adoção deste modelo são:
- Serviços contratados de acordo com as suas necessidades: serviços podem ser provisionados (e removidos) a qualquer momento, sem a necessidade de intervenção do fornecedor de cloud e sem o compromisso de contratos a longo prazo. Existem cenários onde poderá optar por se comprometer por 1 ou 3 anos com o objetivo de obter descontos no serviço;
- Elasticidade e escalabilidade: possibilidade de scale up/out e scale in/down de serviços a qualquer momento, de forma manual ou automatizada, para se adequarem às necessidades do negócio;
- Pouco ou nenhum investimento inicial: não é necessário investimento inicial, mudando o modelo de custos de Capex para Opex. Em alguns casos, o desconto poderá ser maior caso faça um investimento inicial;
- Alta-disponibilidade: todos os fornecedores dispõem de múltiplos datacenters, em múltiplas localizações, permitindo a implementação de soluções altamente disponíveis com pouca (ou nenhuma) alteração na arquitetura aplicacional;
- Acesso a tecnologia: pequenas e médias empresas tem acesso às mesmas tecnologias utilizadas por grandes empresas, sem a necessidade de investimento em hardware e/ou software ou de contratar especialistas para implementação e/ou manutenção destas mesmas soluções;
- Foco no negócio: Equipas de IT podem focar-se em necessidades do negócio, ao invés de se focarem em questões relacionadas com a infraestrutura.
Ao perceber algumas destas vantagens, é natural a corrida de algumas organizações para adoção de Public Cloud, porém a pergunta que segue é se elas estão preparadas para a sua adoção.
Como saber a minha organização está pronta para a adoção de Public Cloud?
A primeira preocupação é identificar se as suas equipas de IT possuem o conhecimento necessário para provisionar aplicações em cloud. Caso contrário, o que poderia ser uma grande vantagem para o seu negócio poderá transformar-se numa experiência traumática, seja ela técnica ou financeira.
Sim, uma movimentação para a cloud sem o conhecimento técnico necessário pode traduzir-se numa dor de cabeça financeira, uma vez que, se uma solução não for bem desenhada e implementada tendo em consideração o custo associado, a conta ao final do mês pode assustar até mesmo as maiores organizações.
Em seguida, é importante definir o modelo que pretende adotar; se híbrido (com aplicações a funcionar no ambiente on-premises e na cloud) ou apenas em cloud.
Na prática, o que se percebe é que o modelo híbrido é o melhor caminho se a sua empresa já fez um grande investimento em infraestrutura on-premises. Além do mais, nem todas as aplicações são elegíveis para funcionamento em cloud, seja por requisitos técnicos, que não podem ser alcançados através de uma Public Cloud (como por exemplo uma versão não suportada de Sistema Operativo ou aumento da latência de rede) ou por questões de compliance.
Algumas empresas optam pelo modelo “Cloud First”, onde o provisionamento de uma nova aplicação deve ser avaliado primariamente num ambiente cloud e apenas se houver um impedimento técnico ou financeiro é que a aplicação é implementada on-premises.
5 passos importantes ao adotar Cloud Pública
1. O passo mais importante ao adotar public cloud é a mudança de mindset. Ou seja, cloud não é um ambiente on-premises, e usar as mesmas ferramentas, metodologias e arquiteturas significa não usufruir das facilidades proporcionadas pela cloud, como elasticidade, alta disponibilidade e agilidade no provisionamento e operacionalização das aplicações.
2. O segundo passo é garantir que as suas equipas técnicas têm o conhecimento técnico necessário relativo ao Cloud Provider escolhido, assim como experiência prévia, o que ajuda a evitar algumas armadilhas.
3. Em seguida deve escolher uma aplicação/solução que deseja migrar ou implementar na cloud, definir como será a sua arquitetura e como ela deverá ser migrada. É importante considerar como esta nova solução irá integrar com outras aplicações on-premises e como será a experiência do utilizador, uma vez que tipicamente haverá um aumento na latência de rede após a migração para a cloud.
4. A maior parte das empresas tende a fazer uma migração “as-is” e, no final, percebem que nenhuma vantagem foi obtida com a migração. Em alguns casos percebem que o custo é bem maior do que o custo on-premises, por não estar bem dimensionado. Neste caso é recomendado que avalie alternativas e principalmente reveja os requisitos computacionais e de armazenamento. Lembre-se que elasticidade é um dos conceitos fundamentais da cloud.
5. Por fim, deve avaliar os resultados obtidos e ter em mente que cloud é um ambiente dinâmico, ou seja, aquilo que foi bem feito hoje pode ser feito de uma forma mais otimizada amanhã.
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Se ainda tem dúvidas quanto à adoção de Public Cloud ou se precisa de ajuda para iniciar a sua jornada, a Axians pode apoiá-lo nesta caminhada. Dispomos de uma equipa multicloud, com larga experiência e que tem ajudado organizações a adotar e a consumir cloud, de uma forma consciente e dentro das boas práticas definidas pelos cloud providers.